quinta-feira, 22 de maio de 2014

Tá rolando uma página no facebook tbm!
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

De um pulo pra cá criei uma faísca na adversidade que sempre me encontrei. O sangue na minha pele pode ser de outra cor, pode ser da cor do latido do cachorro mais distante daqui. A tal da ponte que construí foi sem querer, como quando a gente automaticamente dirige para o caminho errado e só se dá conta quando não há retorno. Se a via é de mão única, bem Benjamim, o pulo deve acompanhar o suspiro do sujeito que assiste o filme da diva. E não sei mais se ele dorme ou se só fecha os olhos com medo de tanto sorriso noir. A vida é feita de manchetes, ações curtas que, algumas vezes, se desdobram em longas reportagens em cadernos especiais. Ou em uma nota na coluna social; ou num anúncio pago no caderno de classificados, como naqueles dias em que nos sentimos tão frágeis que qualquer telefonema nos leva ao canto do vento. É tarde e ouço gritos de criança. Junto os farelos de pão no prato com a ponta do dedo. Disperso a atenção da tela procurando meu ponto final. A irritação com a criança é imperiosa. Como disse Torquato: pra mim chega. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

A genialidade de ouvir

        Escutei, outro dia, uma definição muito interessante sobre o que é um gênio. Me disseram que gênio é a pessoa que se abre a inteligência universal. A princípio estranhei: onde está o indivíduo então? Na troca, no acesso com a sabedoria que existe no mundo espiritual que vai muito além da nossa ínfima compreensão (não entendemos sequer a natureza quanto mais aquilo que não alcançamos racionalmente). Se a inspiração é solução soprada pela espiritualidade, quem se propõe a construir pontes de diálogos constante com outras esferas ganha a cada pensamento, mantendo-se numa sintonia mais elevada e buscando a evolução nos pequenos conceitos diários. 

       Meu ego saltou quando comecei a sentir que tem muito menos de mim em vários processos criativos do que imaginava (como nesse texto, por exemplo). Ontem, ao realizar uma leitura dramática no Festival de Teatro de Tiradentes, tive a comprovação empírica de tal. Me conectei com meus mentores antes de entrar em cena, estava muito cansada e a personagem me exige uma disposição e atenção física durante toda a leitura. De forma tranquila e consciente fui sendo levada a experimentar sensações e sentimentos nunca vivenciados naquele texto. Chorei de verdade, tremi, gaguejei e sorri como se fosse apenas um material de troca entre a dramaturga, a platéia e uma outra dimensão que se expressava em mim, por falta de suporte melhor. 

       De qualquer forma foi maravilhoso sentir a ampliação das minhas fronteiras e vivenciar a experiência de que minha vida não é só minha, muito menos só para mim. O que poderia ter sido um surto psicótico ou um conflito narcísico aguçado pela exaltação ao eu, transformou-se num êxtase confirmando o infinito do teatro e da arte de representar com todo o coração e respeito a quem cuida de nós sem que saibamos quem sejam. Aos deuses do teatro o meu amor e gratidão eternos.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Acredito que o artista deva buscar a internacionalização. Se reclamamos da nossa cidade, do nosso país, almejemos o mundo! Ando disposta a encontrar aonde está a fronteira.



A discussão da realidade será retomada em partes, cada vez mais objetivas, cada vez mais distanciadas. Juro por tudo que não sou.