segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Porque odeio os finais de semana

Final de semana é sempre esperado, mesmo que seja segunda. Quebramos a rotina do bater o cartão, levar os filhos na escola, comprar o pão, assistir ao Jornal Nacional e dormir de pijama (mesmo que eu não faça nada disso tenho a sensação dessa rotina em mim). O famoso dias das "feiras"...

É no fim de semana que tomamos cerveja de tarde, que vamos ao teatro, que durmimos e acordamos na hora do almoço e pensamos em qual restaurante de Macacos vamos, que visitamos os amigos, que assistimos vídeos de bobagem no youtube, que vamos ao candomblé, que fazemos moqueca, que durmimos de novo, que arrumamos a biblioteca, que vemos o sol se por...

Enfim... Coisinhas de final de semana.

Qual seria então o motivo do título desse texto? Estaria essa autora renegando todas as boas coisas da vida?

Explico-me.

É nos finais de semana que ele some.
Sim!
O que fazem os homens com nós, pobres mulheres, renegadas à existência apenas pela forma da paixão... Ai, ai - suspiro necessário para continuação do texto.

É claro que durante toda a semana ele cumpre a já descrita rotina (tirando a parte do Jornal Nacional porque acho que ele prefere a Folha de São Paulo!) e muito mais. Alguém que possui vários locais de trabalho, cada um mais complexo do que o outro, tem uma batalha proletária a cada pedaço de cada "feira". Mas há os espaços vazios para a criação de um infinito...
[Sobre esse assunto não falarei aqui, não é esse o tema mesmo que ele seja causa de todas essas palavras]
Mas mesmo com toda essa complexidade rotineira possuo lapsos de seu pensamento, laços esses demonstrados pela tecnologia do nosso tempo. Sinais de afeto que alegram meu coração saudoso do silêncio de suas atividades outras.
Sei que o meu fim de semana fica vazio, como um engradado de cerveja na Cantina do Lucas.

Mas logo na segunda, no fim da manhã, recebo um sinal do seu lapso. Delícia de segunda, delícia.

Aprendi a valorizar seu olhar ao meu lado, mesmo que por trinta minutos de sua feira corrida. Ainda bem que seus olhos estão na minha direção. Por isso a tão estranha frase:

viva a segunda feira!


(E-mail escrito em 17 de dezembro de 2007)

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