Portugal: meu Porto.
Uma Oxum morando na praia, uma estrangeira, a infância no Velho Continente. A transposição do virtual para o real, do sonho para a construção, das palavras para o trabalho. Sou Florbela, vinho e queijo do Alentejo. Sou saudade de terreiro e terrenos. Um olhar na varanda chuvosa anuncia o desconhecido de ruas avantajadas e obscuras para mim. O sotaque ordena que a solidão se encoste e as poucos assento-me em uma cadeira. Recomeço tudo. Aprendo a andar, a falar, a escrever. Aprendo a apertar botões. Aprendo amar e lavar louças. A reconhecer em mim a calma e o desejo de que o rio, naturalmente, corra para o mar.
Já não é mais nada disso. Agora é o acaso e o movimento. Quero contar até 10 ao contrário para ver se chego na criação do mundo.
2 comentários:
Olá Ana Gusmmão Caligari! O que é feito de você? Vamos continuar os diálogos lusófonos?
Gostei do seu texto.
Saudações, Margarida
Claro!!! Me mande um email...
ana_gusmao@hotmail.com
Bjs
Postar um comentário